O MESMO ERRO
Na avaliação de Fruet, o governo petista incorre no mesmo erro, "ao trocar cargos numa estatal por apoio à reeleição". "Essas nomeações sinalizam que o estilo mensalão não foi enterrado, mesmo depois de todos os escândalos. Pior: seria mantido num eventual segundo mandato de Lula. É o erro repetindo-se como farsa", atestou. O parlamentar divulgou nota oficial de repúdio à medida em seu site oficial (www.gustavofruet.com.br).
"Isso é absurdo, depois de tudo que a CPI trouxe ao público. Trata-se de um indicativo de como será o final deste governo e o enorme risco que representa ao país um eventual segundo mandato de Lula", advertiu. "Não há mais limites. Para eles vale tudo. Parece que não aprenderam a lição", apontou, ao lamentar que a estatal tenha de servir de moeda de troca.
"Apesar de tudo, os Correios saíram com a imagem limpa. Agora, já não sabemos. O loteamento é uma ofensa ao corpo técnico da estatal", lamentou. Desde que os indicados políticos do PT, PTB e PMDB foram afastados da direção da ECT no ano passado, um corpo técnico de servidores de carreira assumiu a estatal, que em 2005 teve o segundo maior lucro de sua história graças ao bom gerenciamento e à transparência da gestão. Agora, os técnicos saem de cena para abrigar os políticos.
Gustavo Fruet lembrou que, ao final da CPI, os parlamentares apresentaram uma série de propostas para coibir a corrupção nas empresas estatais, incluindo maior controle interno por parte dos órgãos de fiscalização da estatal. "Desta vez, se ocorrer, não será impunemente", alertou. "Estamos vigilantes", garantiu o deputado.